domingo, 6 de março de 2016

O primeiro DJ do Brasil


O lugar onde vivo

O dia que o teto do cinema desabou em Maranguape

Sábado , dia 16 de dezembro de 1961. Noite de festa em Maranguape. Naquela noite de verão várias opções de divertimento estavam à disposição das pessoas que frequentavam o Centro de Maranguape. No Clube havia a solenidade de término de curso do então Ginásio Santa Rita, momento solene marcado pelo tradicional culto em ação de graças seguida pela entrega de certificados, valsa de afilhados e padrinhos e finalmente animado baile dançante ao som dos Dissonantes, do conjunto local de grande popularidade. Ali na Rua do Bagaço existia o ponto de encontro principal daquela época, o Éden club, fundado em 1903 por Sinfrônio do Nascimento( 1883-1945), onde se reuniam boêmios, políticos, autoridades, passantes, os quais entre uma partida e outra de bilhar, conversavam amenidades em geral, fofocas públicas e privadas, sempre acompanhado de uma geladinha ou de um delicioso sanduíche de pernil. O primeiro cinema que a cidade conheceu tratava-se daqueles tipos itinerantes, que iam de cidade em cidade fazendo exibições. Chamava-se 7 de Setembro. O que de fato é considerado o primeiro cinema de Maranguape foi Cinematógrafo Hermes, fundado em 1919. Depois vieram aqueles sucessivos cinemas fixos denominados Cinema Maranguape, cinco ao todo, empreendimento adquirido em 1952, por Antônio Câncio de Oliveira que o comprou de Samuel Silva, denominado de Cine Maranguape IV. Em 1958 o mesmo Antônio Câncio associou-se ao empresário José Mário Barbosa para fundar o Maranguape V. Mas voltando ao Cine Maranguape V onde já começara a sessão das 20h, assistida por mais de duzentas pessoas. Num dado momento todo o teto veio abaixo causando um barulho que ecoou pelo Centro fazendo com que muitas pessoas se dirigissem para o local por curiosidade e depois para prestar socorro as vítimas. Dos escombros e no escuro dezenas agonizavam e cinco pessoas morreram ali mesmo: Valdefrido de Abreu Machado, José Cândido Mendes, Antônio Quinderé e Jaime Braga. Fonte: Juarez Leitão

A EPIDEMIA DE CÓLERA EM MARANGUAPE (1862)


A doença aportou na vila de Maranguape no mês de maio e encontrou uma população composta, segundo Alfredo Marques, por 19.832110 pessoas que, segundo dados apresentados no jornal O Cearense111 dividiam-se em 17.389 almas livres e 2.443 escravos, sendo a proporção entre os sexos de 8.461 homens livres, 8.028 mulheres livres, 1.505 homens escravos e 938 mulheres escravas.112 Saber da quantidade de indivíduos nos permitirá sentir de forma mais expressiva a conta final de óbitos na vila que chegou à casa dos 1.982 defuntos, dez por cento da população total. Os dados apresentados por Thomaz Pompeu (filho) em Salubridade113 se assemelham aos já apresentados, mas acrescentam alguns dados a nossa análise ao fazer uma apresentação por vila e freguesia. Segundo Pompeu, o cólera chegou em Maranguape no dia 21 de maio de 1862 e se extingui em maio de 1863, tendo acometido 6.860 pessoas, das quais morreram 2.850 em uma população presumível de 20.000 sujeitos, a quinta maior população da província cearense na época.
(Denis Maciel)